Divididido em duas partes. Na primeira, a autora traz à memória figuras, tipos, brinquedos, personagens e tantas outras realidades versejadas bem ligeiras no dizer dela. Lembra a canaubeira, o sapo durante invernos limoeirenses, D. Aureliano, Meton Maia e Silva, o jornalista que colocou o vale jaguaribano na boca do mundo.
Na segunda parte, um pouco da história de Limoeiro.São 31 páginas que contam, em setilhas, a grandeza da história desta cidade construída dentro do vale, banhada pelos rios Jaguaribe e Banabuiú. Uma cidade que já andou se afogando e agradece muito a Deus ser seus invernos benevolentes
.
Parabéns à poetisa. Parabéns duas vezes. Pela idéia de homenagear a terra que adotou como sua, mas que é o chão dos seus pais e avós. E pelo prêmio "Alberto Porfírio"(literatura de cordel) promovido em 2010 pela Secretaria da Cultura - Secult - do Estado do Ceará..
A obra conta com ilustrações de André Arte, editoração e publicação de La Barca Editora.
Veja o que verseja o poeta Guaipuan, presidente do Cecordel sobre a autora e sua obra:
Vânia a metamorfose
Da ninfa da poesia
Dedilha a lira e exalta
O verso com pimazia
Que a Natureza em silêncio
Escuta com maestria.
É poetisa fecunda
De verso que tem conceito
Lavras de eterna poética
Que os deuses lançam do leito
E extasiam seus oráculos
Para o verso ser perfeito
Vânia é esta poetisa
Que conquista o seu espaço
Bebe na fonte da rima
O verso em seu compasso
E brota seus sentimentos
Na rima sem embaraço.
Puxe a cadeira e se abanque
Leia a farta produção
Desta sábia poetisa
Que das veias do coração
Fez brotar este tesouro
Falando do seu torrão.
Gauipuan Vieira
Pres. do Centro Cultural dos Cordelistas do Nordeste - Cecordel
_________________
Sobre a autora
Vânia Freitas de Alencar nasceu em Fortaleza, mas cresceu em Limoeiro do Norte, onde passou 20 anos de sua vida. Graduou-se em Letras pela Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos ( FAFIDAM), e fez pós-graduação em Desenvolvimento Técnico pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Aos 62 anos, publica “Com o pé em Limoeiro”, seu segundo livro. Desta vez, a obra traz a literatura de cordel como gênero. O primeiro livro, de memórias, conta a história da família Freitas. Além da literatura, Vânia também se dedica à pintura e ao teatro.
_________________________
Serviço:
Lançamento: “Com o pé em Limoeiro”
Onde: Academia Limoeirense de Letras
Quando: 02 de abril de 2011, às 19h30min
Contatos:
Vânia Freitas de Alencar (autora): (85) 3491.8629 / (85) 8783.4661
Postado pelo poeta Gerardo (Pardal)
----------------------------------------
Limoeiro do Norte é destaque em livro premiado pelo Governo do Estado
Será lançado, no dia 02 de abril, o livro “Com o Pé em Limoeiro”, de Vânia Freitas de Alencar. Neste primeiro momento, o lançamento acontece na cidade que dá nome à obra. Em breve, a autora promoverá lançamento também em Fortaleza. O livro é uma das obras agraciadas com o I Prêmio Literário para Autores Cearenses, do Governo do Estado.
Limoeiro do Norte, interior do Ceará. A 200 km de Fortaleza, a menina brincou, estudou, cresceu e guardou incontáveis recordações. A infância e adolescência de Vânia Freitas de Alencar passaram pela saudosa praça da cidade, pelo sereno rio Jaguaribe, pelo colégio de freiras Patronato. Embaixo de uma carnaubeira ou em cima de uma bicicleta, Vânia foi trilhando caminhos que estão quase sempre entrelaçados à própria história da cidade. Agora, muitos fragmentos que, até hoje, permanecem na memória da autora podem ser conferidos na obra “Com o pé em Limoeiro”. O lançamento acontece no dia 02 de abril, às 19h30min, na Academia Limoeirense de Letras.
O livro é dividido em duas partes. Na primeira, Vânia versa sobre pessoas, lugares ou objetos que nos remetem logo de cara a Limoeiro do Norte. Quem conhece a cidade sabe, por exemplo, a importância do Colégio Diocesano ou de Dom Aureliano Matos. Pessoas que marcaram a vida pessoal da escritora também se fazem presentes nas páginas, como os avós Luiz Alves e Maria José de Freitas. Na segunda parte do livro, os leitores podem conhecer a história da cidade em si. Em 96 estrofes de cordel, estão a origem, os costumes e as tradições daquele povo.
A obra conta com ilustrações de André Arte, editoração e publicação de La Barca Editora. “Com o pé em Limoeiro” só foi concretizado graças ao incentivo da Secretaria de Cultura do Ceará. O livro foi vencedor do Prêmio Alberto Porfírio (literatura de cordel), uma das categorias do I Prêmio Literário para Autores Cearenses, promovido pelo Governo do Estado em 2010. Na ocasião, o Governo garantiu a maior premiação para a literatura na história do Ceará. Foram 110 autores contemplados com uma premiação total de dois milhões de reais.
****************************
postado pela filha da autora, a jornalista Rute de Alencar
*************************************
*************************************
APRESENTAÇÃO DO LIVRO “COM O PÉ EM LIMOEIRO”
É por demais suspeito logo eu ser o apresentador da obra de uma poetisa, com quem divido a vida por mais de um quarto de século.
Vânia Freitas é uma dessas pessoas que nasceu dotada de luz. Luz que em cima do alqueire clareia o ambiente, ilumina mentes e já desobscureceu o caminho de tanta gente. Depois de se afastar do seu trabalho profissional não ficou inerte ou cambaleando pelos quatro cantos da casa. Investiu na arte. Subiu ao palco como atriz. Na pintura, mostrou-se boa aluna, com um acervo rico de quadros. Era o que se esperava de uma mulher que traz na veia a seiva alencarina de Francisco Carvalho de Alencar, poeta, sonetista. Entrou o século 21 com seu primeiro cordel e, hoje, com mais de 30 folhetos vai colhendo seus frutos, sendo premiada pela Secult, provando ser uma poetisa de mão cheia e com certeza muitos outros virão, pois talento não lhe falta não.
“Com o pé em Limoeiro” é seu livro de estréia no gênero da literatura de cordel. Seu primeiro livro, “Nossa Família, Nossa História” de memória genealógica (de destino mais familiar) foi o pontapé para ingressar na seara literária.
Naquele, a autora colaborou com seu cuidado organizativo para que a grande família Freitas resgatasse suas origens, colocando no papel todos os passos geracionais.
Todavia, Com o pé em Limoeiro a autora toma pé e recorre a uma linguagem mais suave, indelével, que encanta. Uma linguagem musical, toante e entoante. Uma linguagem que se utiliza de um gênero literário familiar, conhecido por milhares de mentes nordestinas. Falo do cordel, da poesia de feira, do cantador repentista que entoa pelas cordas da viola, a dura realidade da seca, das enchentes, do cangaço, dos fatos que marcaram e marcam a humanidade. O cordel que acorda o leitor para uma leitura cativante. O cordel que toca as cordas do coração para o deleite de quem viaja deslizando na cadência dos seus versos.
O livro é dividido em duas partes: a primeira em “versos bem ligeiros”, Vânia fez alguns recortes daquilo que foi, e ainda é, a cara de Limoeiro, como FESTAS DE SANTO ANTONIO (O Santo dos pobres); RIO JAGUARIBE ( o maior rio seco do mundo); A CARNAUBEIRA (A palmeira do nordeste) e assim por diante.
Dom Aureliano Matos
De grande visão dotado
O que fez por Limoeiro
Ainda hoje é lembrado.
No campo material
Também espiritual
Foi por Deus agraciado
E assim vai passeando pelas entranhas de uma cidade desde sempre rica de homens e mulheres trabalhadores, rica de cultura e de intelectualidade. Cidade de cujo seio saíram personalidades como, Pe.Valdivino, Pe. Manfredinho, Lauro de Oliveira Lima e tantos outros e outras são o orgulho desta terra.
Na segunda parte, a cordelista em 96 estrofes, conta alguns detalhes da história a “Princesa do Vale”, desde a origem do nome (Limoeiro), passando pelo cheiro das caatingas, “no meio dos carnaubais”, “nas passagens de boiadas”, “no mugido dos currais”, pela visita de Lampião, o reinado da cera de carnaúba, passando pela animação da cidade com a chegada do cine moderno e pelo sossego dos índios Paiacús as margens do Jaguaribe. Pinceladas que vão até o terceiro milênio, com o aquecimento global, mencionando sutilmente, o aumento da violência.
Na Segunda Parte do livro
A autora traz à memória
As versões de uma origem
Que fazem a remota história
De um lugar alvissareiro
Chamado de Limoeiro
Cidade cheia de glória.
A autora faz um passeio
Desde quando eram habitantes
Janduins e Paiacus
E outros índios semelhantes
Povo forte e dedicado
Que terminou dizimado
Por estrangeiros farsantes.
Continuando a história
Ela desliza no verso
Deságua no Rio das Onças
Jaguaribe que é um universo
Que hoje abraça a cidade
Seco sem fertilidade
Vivendo assim seu reverso.
Lendo “Com o Pé em Limoeiro”
Você vai se deparar
Com as faces tristes e alegres
Desta terra singular
Pois a seca e a enchente
Transformaram a sua gente
Num povo forte e exemplar.
Afinal prezado amigo
Você vai se deleitar
Viajando pela história
Que a autora nos vai contar.
Boa leitura e boa viagem
Saboreie cada passagem
Que a poesia vai encantar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário